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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

domingo, 25 de setembro de 2011

Eu e meu Botafogo

Hoje é domingo
E tem jogo do Botafago
Se ganhar
Tudo maravilhoso
Se perder
Dia de desgosto
Assim é o Glorioso
Passional como eu
Capaz tanto
De vitórias indescritíveis
Como derrotas impossíveis
De me fazer chorar
De alegria
E de vergonha
E é solitária
A alvinegra estrela
Como meu coração
E assim seguimos
Entre solidão, amor e paixão
Eu e meu Botafogo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Botafogo me ensinou que o amor pode ser maior que a dor

Hoje à tarde fiquei feliz, fui dar uma volta na rua e vi diversas crianças trajando a camisa do Botafogo. Orgulhosos, altivos, felizes. Fiquei feliz e ao mesmo tempo comecei a recordar que passei minha juventude cultivando uma paixão que quase só me maltratava, mudei-me para Niterói em 1968, tinha eu 12 anos e a primeira vez que entrei no Maracanã foi para ver  Botafogo ser campeão, um sonoro 4 x 0 no Vasco, sai feliz, mal sabia que o  inferno estava me esperando na esquina, a mim e aos milhões de jovens que se tornaram Botafogo no fim dos anos cinquenta e por toda à década de sessenta do século passado. Saímos do céu para o inferno, sem passar pelo purgatório.
Perdemos tudo, time, sede, estádio...futuro...foi duro...muito duro!...mas seguimos em frente, havia restado um passado grandioso e uma camisa com uma linda estrela encravada por sobre o coração.  Aquilo sim era um bando de loucos: apaixonados, desesperados, humilhados... mas "seguindo a voz que vem do coração", a voz da paixão, de olhar para o gramado e ver a mágica camisa 7, envergada por Garrincha, Jairzinho, Rogério e Zequinha, sendo envergada ( no sentido literal do termo) por Cremílson, ao seu lado, Tuca, Puruca e outras sumidades que nos faziam ter vontade de sumir de tristeza e vergonha!
Mas não estávamos lá por eles, era aquela camisa, aquela estrela, aquela história que nos movia.
Hoje eu vi o orgulho de vestir aquela camisa de volta. O grande e glorioso Botafogo em seu devido lugar, impondo respeito e temor aos seus adversários.
Hoje eu vi crianças orgulhosas vestindo aquela camisa gloriosa e me emocionei. Sozinho.
Albert Camus, grande escritor e filósofo existencialista francês, disse certa vez que "tudo de mais relevante que havia aprendido sobre a humanidade havia sido jogando futebol."
E eu, senhores , aprendi com o Botafogo, que o  amor pode ser maior que a dor.
Que estas crianças que vi hoje envergando nossa gloriosa camisa jamais tenham que passar o que eu e minha geração passamos para cultivar nossa paixão.
Mas vencemos...hoje eu vi!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Botafogo: se cantamos, vibramos, choramos, é por ti

O Botafogo está em crise, e daí? Somos assim... passionais, chorões, reclamões, irônicos, debochados, depressivos, mas acima de tudo somos Botafogo, a nosso favor só temos nós mesmos, e vamos seguindo nossa gloriosa sina de sofrimento, paixão e glória. Não temos a mídia do nosso lado, não temos as arbitragens, não somos o time do povo, mas clube algum deu tantas alegrias ao povo brasileiro quanto o Botafogo. Mané Garrincha, a alegria do povo era nosso; João Saldanha, o "comentarista que o Brasil consagrou" era nosso; Didi, Gérson, Jairzinho, Zagalo, Amarildo, Paulo César Caju, Roberto Miranda e nosso santo, Nilton Santos, além do Garrincha, foram campeões do mundo pelo Brasil. Ninguém tem tantos, e temos uma estrela que brilha mesmo na dor mais profunda de uma derrota humilhante, derramamos nossas lágrimas e seguimos adiante, pois nossas glórias conquistamo-las sozinhos e são sagradas, como tu...bota dor...bota sofrimento...bota angústia...mas acima de tudo bota paixão em nossos corações...Botafogo!
Tu és o nosso Glorioso e se cantamos, vibramos, choramos, é por ti...Fogo!

Obs: Crônica que fiz em 24/03/2011

sábado, 3 de setembro de 2011

Para Armando Nogueira, uma estrela gloriosa

Acordei hoje e tomei conhecimento da morte de Armando Nogueira, o melhor cronista esportivo que esse país já produziu, além de ser um grande torcedor do Botafogo. Creio que Armando Nogueira está para a crônica esportiva no mesmo patamar que está  um Rubem Braga para a crônica em geral.

 Me mudei para Niterói em 1968 e logo aprendi a ler o velho e bom Jornal do Brasil, em cujas páginas de esportes imperavam grandes jornalistas, por mera " coincidência" todos torcedores do Botafogo: João Saldanha, Sandro Moreira, Oldemário Touguinhó, Roberto Porto e o Armando. E para completar a Seleçao alvinegra: Paulo Mendes Campos no caderno B. Não sei por quê, mas todo botafoguense que conheço é inteligente, se não vejamos: os que já citei, Augusto Frederico Schmidt, Fernando Sabino, Vinícius de Moraes, Arthur Dapieve, Arnaldo Bloch, Walter Moreira Salles, meu mestre Saint- Clair, meu amigo Pax e eu, claro! Ah, o Paulo Laurindo- que não é besta, já está se bandeando pro nosso lado.

Não adianta, começo escrevendo uma coisa, acabo me perdendo e mudo de assunto; dane-se o blog é meu escrevo o que quiser e leia quem quiser também. Quem não ficar satisfeito pode ir ver o BBB. Estou chateado com a morte do Armando e não consigo concatenar as ideias.

Muito do que foram Garrincha, Pelé, Didi, Gérson, Tostão, Zito, Nílton Santos e outros, se deve ao Armando, que transformava um drible de Mané ou um gol de Pelé, numa obra literária nas páginas do JB. Futebol era sonho: "via" os jogos pelo rádio e sonhava com meus heróis nas crônicas do Armando. Na mente do garoto do interior eram seres especiais e inatingíveis. Como era bom sonhar como o Armando me fazia. Até que a realidade entrou e me mostrou Garrincha- a alegria do povo( nada mais belo!) desfilando como um farrapo humano num carro alegórico da Mangueira; de ir às lágrimas ao ver Nílton Santos- santo alvinegro, um velhinho frágil e dependente como vi outro dia. A realidade, amigos, não é só dura, é - antes- triste...muito triste!


Obrigado Armando, por ter-me feito sonhar sonhos tão belos. Através de ti, driblei como Garrincha; fiz lançamenos como Gérson e Didi; tive a categoria de Nilton Santos; a velocidade de Jairzinho; o chute potente de Quarentinha. E quantas vezes, Armando, chorei contigo, sem você o saber, as derrotas de nosso atrapalhado e querido Botafogo. Se existe céu e se existem anjos, Armando, você certamente já é um deles. Quem faz uma criança sonhar  sonhos tão lindos só pode ser um anjo. Alvinegro, é claro!

Saudades!!!

Obs: Fiz a crônica no dia posterior ao do falecimento do Armando.